Uso das telas
- Lucy Oliveira
- 19 de mar.
- 2 min de leitura
Você também está desesperada porque seu filho não larga o celular? Isso pode ser mais sério do que você imagina!
“O celular é a heroína do século 21.” Essa frase foi dita pelo psicólogo espanhol Marc Masip em uma entrevista à BBC News Mundo. Ele trabalha oferecendo tratamento para viciados em tecnologia em clínicas de desintoxicação.
E sim, o uso excessivo do celular e de outros dispositivos digitais por crianças e adolescentes pode viciar e prejudicar o desenvolvimento cerebral. Quando eles acessam vídeos, jogos ou redes sociais, sempre há uma recompensa imediata, o que cria um ciclo de gratificação que estimula o cérebro a continuar buscando mais e mais desse conteúdo digital. As plataformas não foram feitas para promover o bem-estar, mas sim para capturar nossa atenção e maximizar o tempo de uso, gerando um comportamento compulsivo.
Estudos apontam as consequências do uso excessivo do celular, como:
Sedentarismo e obesidade
Prejuízo à saúde mental (ansiedade, depressão)
Dificuldade na aprendizagem
Diminuição da atenção
Aumento da agressividade
Menos curiosidade, menos estabilidade emocional
Menor autocontrole
Maior dificuldade em terminar tarefas
Diminuição do QI devido à falta de atividades cognitivas desafiadoras
Problemas de sono, miopia, estrabismo, perda de audição e postura prejudicada
No Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da USP, é comum ver crianças e adolescentes com vício em celular. Desde 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a dependência digital como um transtorno.
Nomofobia é o termo que se refere ao uso excessivo e dependente do celular, gerando medo irracional de estar sem o aparelho. Esse transtorno está listado na Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID).
Como saber se seu filho está viciado?
Ele/ela aumenta o tempo de celular e, às vezes, até mente sobre quanto tempo passou online.
O uso excessivo impede ou diminui outras atividades importantes, como esportes ou interação com a natureza.
Alterações de comportamento: uma criança que antes era tranquila começa a ficar agressiva ou introvertida.
Diminui amizades e prejudica os relacionamentos com a família.
Há prejuízos na escola: não entrega as tarefas em dia e suas notas caem.
Nada é mais interessante para ele/ela do que o celular.
Quando sem o celular, apresenta sintomas de abstinência, como ansiedade e irritabilidade.
Acredita que precisa ficar mais tempo no celular para satisfazer suas necessidades.
Tentativas de diminuir o uso falham constantemente.
Reflexão: “Você já percebeu que os dois únicos mercados que chamam seus consumidores de usuários são os mercados de DROGAS e TECNOLOGIA?” — Dr. Cristiano Nabuco




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